segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Na parede do casulo


Não vou me estender explicando o porquê da ausência...uma frase de um amigo querido e poeta, talvez, traduza o momento atual: 'a vida escorre por todos os lados...não posso me acomodar' (Omar Salomão).

Muitas coisas aconteceram nestes últimos dois meses...tantas que nem sei por onde começar. Às vezes, a vida nos sacode de um jeito tão inesperado que ficamos sem chão, teto, rumo, ilusões e crenças. Pessoas entram e saem da nossa vida sem que saibamos administrar o incômodo causado pela presença ou pela ausência forçada. Quando somos vítimas de nossas próprias ilusões, somos reféns da abstração, do vazio, do silêncio que dói.

Mas há, sempre há, uma saída. Uns optam pelas drogas, outros pelo silêncio sepulcral, pelo sexo desenfreado e porque não (?) patológico, pela reza, pela obsessão ao outro, pelo trabalho exacerbado ou por qualquer outra maneira extremista que lhe encoraja a se encarar no espelho. Às vezes, opto por todas as formas...ora funciona uma, ora outra, ora nem todas juntas.

Não poder expor ao outro o que lhe causa dor e nó talvez seja a maior aflição humana.
O tempo do outro é sempre o lugar mais distante que existe. É sempre inalcansável. Entender na crise que o tempo está lhe dando uma chance de transformar algo não é tarefa para amadores.

Enquanto as respostas não chegam, fujo das perguntas...e entro numa espécie de casulo, meu casulo, casulo meu...incompreendida e compreensível com meu alter ego...a espera de um milagre, por que não
?

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